“O que vos digo, digo a todos: vigiai!”

Queridos irmãos:
Iniciamos neste domingo o tempo do advento. Tempo de confiança e de espera pelo o Messias que virá. Com toda a Igreja de Cristo exclamamos a uma só voz maranata (vem Senhor Jesus!). Assim como o povo de Israel, nós também confiamos e esperamos nas promessas de Deus, isto é, a chegada do Nosso Salvador. Os judeus esperavam pela primeira vinda do Cristo. Nós sabemos que Ele veio já ao mundo, morreu por nossos pecados, ressuscitou e subiu aos Céus, entretanto, estamos certos de que Ele virá outra vez cheio de gloria e esplendor no fim dos tempos. Por meio da liturgia revivemos aquele momento tão singular onde o Filho de Deus por amor se faz carne, assumiu a humanidade e veio habitar em nosso meio, "que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?" (Sl. 8, 4).
Aos olhos humanos é quase que incompreensível entender, como que pode se dá isto? Um Deus tão grande se fazer pequeno, que se rebaixa? Para entender este grande mistério é preciso olhar com os olhos da fé e do amor. É por amor que Nosso Senhor vem ao nosso encontro, pobres criaturas e pecadores. Ele dar sua vida por nós, para que assim sejamos libertos do pecado e da morte.

O amor de Deus por nós é imenso e foi deste modo, enviando seu Filho ao mundo, que nos comprovou a grandeza do seu amor. O profeta Isaias na primeira leitura descreve a condição em que se encontrava o povo de Israel por causa da sua má conduta diante do Senhor, "Eis que vos irritastes, e nós éramos culpados; isso perdura há muito tempo...Todos nós nos tornamos como homens impuros, nossas boas ações são como roupa manchada" (Is. 64, 5-6). Isaias fala das maravilhas que operou o Senhor no meio do seu povo. Mas ao mesmo tempo em que lembra as maravilhas realizadas pelo Senhor se lamenta por ver o povo abandonado, afastado do Senhor, "quando ainda não nos dominavas... Assim faríeis conhecer a vossos adversários quem sois, e as nações tremeriam diante de vós, vendo-vos executar prodígios inesperados dos quais nunca se tinha ouvido falar" (Is. 63, 19; 64, 2-3), é por estes motivos que não se pode ver mais os prodígios realizados por Deus, "Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados" (Is. 64, 7), com suas más ações aquele povo afastou-se do Senhor Deus.

O que encanta a todos nós é que, Deus em sua imensa misericórdia sempre perdoa os homens dos seus pecados. Ouve o clamor dos que aflitos dirigem a Ele suas preces. São Paulo na segunda leitura de Hoje nos fala da alegria que deve brotar em nosso coração por saber que somos em Cristo, filhos amados de Deus, "Não cesso de agradecer a Deus por vós, pela graça divina que vos foi dada em Jesus Cristo" (1Cor. 1, 4). Exorta-nos a render graças ao Senhor por nos conceder tão grande graça. "Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor" (1Cor. 1, 9). É por meio de Jesus que reatamos os laços que haviam sido rompidos por causa do pecado de Adão. Agora, uma vez libertos do pecado retomamos a intimidade com Deus e assim podemos ser chamados de filhos.

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